[Intro: Diomedes & Mais MC]
Diomedes abrindo as portas com a Chave Mestra
Mais, devoto do alêmodismo
Acendendo um na superfície do sol
[Verso 1: Mais MC]
Pensando de modo diverso
Na contramão da procedência do meu universo
Meu verso mais valioso do que ouro
Agora te apresento a presença do MC vindouro
Se eu sou a exceção, então me ativo
Quebrando todo tipo de explicativo
E espírito cativo
Acabo com essa regra com meu flow explosivo
E é isso
Que alimenta meus objetivos
De princípios livres
E dos fluxos das origens
E da minha ânsia de ser notado
Mas não desisto
Não se desativa
Vivendo irreconciliável com a moral cativa
E com a provocativa
Da espiritualidade normal
Me derivando da excentricidade
Da excitação mental
Enquanto tem neguinho por aí que só quer ver meu mal
Isso já é banal, mas cada um tem o seu gosto
Então agora é hora de trucidar com esse encosto
Pois minha maior qualidade vem do esgoto
E algo desintelectual, de espírito livre
Está escrito em meu rosto
Amém
De uma forma tão clara
Que os espíritos cativos compreendem bem
Mesmo que meu bolso esteja sem... dim
Assim ninguém pode vir me seguir
Eu tô sozinho em Plutão e não pretendo sair
Que pena que não tenha alguém aqui que possa interagir
Mas mesmo assim, eu só vi passar ali próximo a mim
O Diomedes pilotando a letra no Cometa Halley
Fazendo um rally
Eu gritei, mas não pôde me ouvir
Então eu lhe segui e presenciei um free
Insano, e resolvi me unir
Por isso tô aqui
Amando minha verdade espiritual
Que fica situada além do bem e do mal
Universal, esse é meu posto
Só uma coisa que ofenderia o meu gosto
É se minha verdade fosse tida como verdade para todos
Assim como a matemática
Eu permaneço oculto à toda expiração da euremática
Num mundo de tática
Mesmo sabendo que a resposta seja trágica
Meu inimigo é esse
E eu não fujo dele
O meu juiz é meu juízo
E nenhum outro tem direito a ele
E eu não fico a esmo
Mesmo sabendo que o inimigo
Mais perigoso que eu posso encontrar
Da minha longa jornada, é
Será sempre eu mesmo
Será sempre eu mesmo
[Verso 2: Diomedes]
Barbas de profetas não sufocam meu pescoço
Prefiro ser [chronic?] que santo religioso
E até nas coisas fiz, encontro o grandioso
Guardo as melhores questões pro mais prodigioso
Diomedes, senhor de si
Se auto medica
Pecadeiro, ele cisma
Que esperta em rimas e dicas
Não cristalizo verdades
O que friso não é verdade
Questão de perspectiva
Juízes e realidades
Sabe, sabem
Sabedoria é insanidade
Santidade, castidade
A pura, é pura crueldade
Não critique meu jeito
A vida me fez assim
Nem subi no palco direito e já tô louco de dim
Que se foda quem pensa diferente de mim
Eu não me baseio em livros que eu não escrevi
Meu povo carrega assim
Perfeito em paz tô no topo
Inferno é viatura
E flagrante no bolso
Enquanto a morte não chegar, rimo com os melhores rappers
À luz da lua, eu fumo os maiores becks
Eu curto a vida como mais quero a mim, fia
Além do campo de visão, pra mim, é tudo mentira
O destino do meu pé, a face de traíras
Quero todos sem cabeças na tela da Al Jazeera
Quando pego na caneta, Diomedes é sem limites
Obras-primas fecundadas, porque eu fodo com beats
Meu talento é do tamanho do bigode de Nietzsche
Pra sobreviver na rua tem que ser um Da Vinci
Quando tudo houver desaparecido
Sei que sempre, estarei sempre comigo
(Seus filho da puta, seus filho da puta...
15kg Records...
Gravação NE...)