[Dro]
Nessa eu vou chegar pesado
Hablei para mi madre!
Voando baixo e elegante igual Lowrider
A vida às vezes aplica os golpes mais covarde
Tem que ter muita dispo
Pra jogar essa merda no hard
Vários lombardi sem face falando
Bem confortável dentro do seu disfarce de malandro, bacana
Zerando o saldo no luxo, na lama
Vê lá o que cê faz em troca de um pouquinho de fama
Não engana ninguém!
Diz que meu show não chama ninguém
Só drama e eu sei
Que acha as rimas insana também
Não encana, tô zen!
Faz o corre da sua grana também
É o mesmo barco e é nosso dever manter ele bem
Na sina do escritor e eu to
Disposto a apostar as minhas fichas
Virei costa pras rixas
Me deixa bem
Rimar com os amigos e ir além
Convoca os biguá se for pra chegar numa jam
Que que tem jow?
[Serkiary]
Já me procurei, parte do todo se resume, eu sei
O tempo é rei...
Vínculo à Terra
O pouco tempo, é quase nada
Talvez esteja integrando a variável errada
Uma porta abre caminhos
E assim moldam destinos tão distintos
Depende dos demônios que habitam em si
Abstenho-me do amor
Pseudo entendido, sou só um observador mas observo a dor
Amar, dimensão espiritual
Talvez seja o caminho pro entendimento mental
Sentir, além do que posso tocar
Se rimo existo e eu resisto, alguém pra me escutar?
E ouvir o que eu tenho a oferecer
Se o rap é meu escape, que eu escape pra vencer
Viver... que tudo acabe em cinza
Cês vão se orgulhar por saber que eu não desisti...
[caso grave]
E já são quantas primaveras?
Eu conto pelos invernos
Nosso tempo aqui na terra
São planos não tão sinceros
Marco zero, recomeço
É mistério o novo endereço
Pago o preço a ferro e fogo
E só levo os que considero
Essencial, conexão é mais que essencial
Carrego o peso de um enredo
Onde o desprezo e letal
No ombro o medo como fardo
Eu vejo que é opcional, só q o perigo é fato
E o quadro é impessoal, levo meu pessoal
A questionar e ir mais além
Q nosso plano astral seja proliferar o bem
E prosperar também! enquanto reina a ganância
Na sombra esquecem a esperança e nos querem lá tb
Erguem a cruz em protesto meu canto Berra!
Semeio a luz e maldade atira e erra
Visto capuz e vou astuto na minha era
E quanto custa aprender que não há glória na guerra
Encerra o papo e paga o pato, eu vou pras cabeça
Encaro o fato que alastraram e abraçaram o capeta
Me queriam de Beretta com essa minha cara preta
No asfalto eu parto pra treta e acabo com a besta fera!
[sanches]
Segredos e portões
Segredo e corações
Essa é a trilha do poeta
Mente profeta reflete na caneta
A ampulheta deitada uma metáfora
A meta é fora do planeta
Não busco opinião só sentimento
Mas talvez seu entendimento
Não traduza o momento
Obsoleta cria de criação fria
Conduzo a minha confundindo a sua
No final minhas rimas de muleta, respeita
Biguá zerando o saldo do sistema
Tirando a venda tio, equacionando seu esquema
Princípio químico que induz o fim da medusa
Me usa e me leva: os neurônios pela hipotenusa
Mas não abuso e conduzo a conduta com vida sem treva
Com ela ou sem ela
O que importa é me conhecer
E saber que o todo me empurra pra ela
Congela malandro aquele que olha e não quer ver...
[Final]
A felicidade está na jornada, não no destino...